terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A cultura da vulgaridade


Por Milton Andrade da CIA TEATRALIZADO


Estamos diante de um tenebroso período histórico no Brasil. Estamos nos desenvolvendo enquanto economia e até mesmo crescendo em números e perspectivas de vida, contudo estamos demasiadamente nos entregando ao caos do obscurantismo intelectual. A começar pela produção da nossa televisão. Nunca vi algo tão deprimente. A cultura inútil do besteirol tomou conta da dramaturgia nacional. As novelas da Globo hoje são um fiasco de mal interpretação e de trama sem nenhum realce com aquilo que podemos chamar de DRAMATURGIA. Vivemos uma exibição pública e notória da cultura do estético diante da pobreza do intelectual.

Tramas mal arrumadas, novelas mal elaboradas e principalmente atores e atrizes que não acrescentam seu talento por conta de textos tão comprometidos com a vulgaridade e com a chamada cultura do vulgar. O teatro também vive uma crise de identidade com a exportação deste formato "stand up" um verdadeiro horror cênico. Isso virou uma febre e a difusão dos atores e atrizes que tentam dentro da pequena oportunidade que temos de produzir o denso se limitam no diapasão da cruz e da espada. Ou se adere a cultura do igual ou se morre na estrada.

A Rede Globo como grande produtora de cultura dramatúrgica é a principal culpada. Levianamente nos levou a este colapso. A Rede Record produz uma série bíblica para que os teleguiados da Igreja Universal paguem mais nas suas ofertas e dízimos. Lastimável. A cultura virou vulgaridade e marketing piegas do religioso em virtude das santas ofertas.

Que época! Que tempo!

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